(Tombo Estadual 3460/2001 e Municipal 5756/1998) Construída em estilo das casa senhoriais do Vale do Reno, a casa foi inaugurada em 1897, embora seu proprietário, Marcos Konder (Sênior) não viveu essa alegria por haver falecido no porto de Hamburgo – viagem que fazia em busca de saúde. As fachadas frontal e lateral ostentavam nichos de estátuas, sendo que a primeira possui bela sacada de estrutura metálica. Nela residiram Adelaide Konder e seus filhos, sendo que suas filhas, após constituírem família, aí residiram. Construída pelo mestre de obras Roenick, foi reformada e ampliada em 1929.

(Tombo Municipal 8417/07). Na década de 1920, Ana Fontes, Ana Reis e Ana Werner, senhoras itajaienses, encabeçaram um movimento para a construção de uma capela a ser dedicada a Santa Ana, padroeira de seus nomes. A primeira capela fora erguida em alvenaria. Com o passar do tempo, Santa Terezinha passou a ser o orago da Capela. Hoje, após receber diversas reformas, a capela se constitui em monumento histórico sacro do Bairro de Cabeçudas.

(Tombo Estadual 3459/2001 e Municipal 7924/2006) A firma Almeida & Voigt construiu, em 1924, imponente edifício à Rua Pedro Ferreira, antiga Rua do Comércio. Sólida construção em dois pisos em estilo neoclássico. Possui duas belas fachadas, uma voltada para a rua principal e a outra para o rio, ambas encimadas por frontões triangulares, à semelhança dos templos gregos antigos, decorados com figuras em alto relevo representando, à esquerda, o Sol; ao centro, a Terra; à direita, a Lua. Trata-se de ilustrativo exemplar da arquitetura comercial das primeiras décadas do século XX.

(Tombo Estadual 3460/2001 e Municipal 7925/2001) A Cia. Malburg a edificou em 1924 e, em 1940, a Companhia Bauer adquiriu o imóvel e instalou, no térreo, a primeira agência da Chevrolet em Itajaí. A parte superior do prédio sempre foi locada. Em 1947, aproximadamente, com a criação do Ginásio Itajaí, teve aí início as atividades educacionais. Com a transferência do Ginásio, passou a funcionar ali o Hotel Catarinense, ,uito frequentado pelos marítimos. A parte que faz frente para o Rio Itajaí-Açu era utilizada para depósito de mercadorias embarcadas por via marítima para outros portos.

(Tombo Estadual 3460/2001 e Municipal 5759/1998) Edificada em 1902, evidencia um modelo que serviu para a Casa Malburg. Possui fachada ornamentada com motivos clássicos e quatro frontões de influência da arquitetura germânica. Impõe-se com dimensões, curvas e ornamentos que até então as cidades brasileiras haviam visto somente nos frontões das igrejas. É um dos mais expressivos edifícios ecléticos de Santa Catarina, com importância redobrada por estar inserido no conjunto urbano da Rua Lauro Müller/Pedro Ferreira, marco de nascimento e desenvolvimento de Itajaí.

(Tombo Municipal 6017/1999) Construída em 1913, a casa serviu de moradia e consultório de seu proprietário, Dr. Norberto Bachmann. Em 1937, Genésio Miranda Lins adquiriu a casa e, após seu falecimento (1977), sua esposa, Maria Consuelo Lins, passa a ser proprietária do imóvel. Até 1995, a casa serviu de espaço para diversas entidades como, por exemplo, MOBRAL, Núcleo de Animação Cultural de Itajaí (NACI) e PROARTE (escola de música e artes), quando foi doada à Fundação Genésio Miranda Lins. Hoje acolhe o Centro de Documentação e Memória Histórica de Itajaí.

(Tombo Estadual 3460/2001 e Municipal 5909/1999) Concluída em 1915, era uma mansão em estilo hanseático, com três pavimentos e coberta com telhas francesas importadas. Dentre outras cidades, Itajaí guarda excepcional conjunto de edifícios ecléticos assobradas, representados pela Casa Malburg, Burkhardt e Konder. As três possuem características em comum, como os frontões ornamentados, apresentando fachada para a rua principal sem descuidar da ampla paisagem para o rio. Em 1989, após um incêndio, um movimento cultural motivou a reforma realizada pela Receita Federal que ali funciona.

(Tombo Municipal 6577/02). A estação ferroviária, em Itaipava, funcionou desde meados de 1950 até a época da desativação da Estrada de Ferro Santa Catarina, entre os anos de 1971 e 1973. Durante o tempo em que esteve ativa, além de transportar passageiros e cargas (principalmente madeira), prestou grandes serviços às comunidades do interior que utilizavam o telégrafo e o telefone da estação durante as enchentes. Além do mais, colonos do interior guardavam seu dinheiro nos cofres da estação, tamanha confiança nos serviços e funcionários.

(Tombo Municipal 5910/99). Em estilo germânico, o prédio foi construído na década de 1920 por Azevedo, Petermann & Cia. que, mais tarde, fora adquirido pelos Renaux (Brusque) e recebera o nome pelo qual ficou conhecido até os dias de hoje. Depois de desativada a fábrica, o prédio chegou a abrigar algumas entidades, como a Associação dos Ex-Combatentes e da Força Expedicionária Brasileira. A partir de 2000, ali se instalou a Biblioteca Pública e Escolar Norberto Cândido Silveira Jr.

(Tombo Estadual 3459/2001 e Municipal 5757/1998) A Escola de Ensino Médio Victor Meirelles foi criada pelo decreto n. 614, de 12 de setembro de 1911 como “Grupo Escolar Victor Meirelles”. O prédio foi inaugurado em 4 de dezembro de 1913 pelo então governador do Estado Coronel Vidal José de Oliveira Ramos. Além do Grupo Escolar Victor Meirelles, mais seis edificações similares foram construídas no Estado de Santa Catarina. O Grupo fi transferido para novas instalações em 1981 e, em 1982, o prédio passou a abrigar a Casa da Cultura de Itajaí.

(Tombo Municipal 12096/2020). Em estilo eclético, a construção da sede própria do Herbário se deu início em 1950 e foi concluída em 1954, edificada com dois pavimentos: térreo para residência do conservador e família e superior para as atividades do Herbário. Alicerçada por molões de pedra e paredes internas e externas construídas com tijolos de tamanho avantajado. À direita, uma torre cilíndrica revestida com retalhos de pedra, também construída com dois pavimentos. O Herbário contribui até hoje ao desenvolvimento cultural, científico e tecnológico de Itajaí, santa Catarina e do Brasil.

(Tombo Estadual 3459/2001 e Municipal 7927/2006) Inaugurado em 1897, sobrevive até os dias atuais. O estabelecimento é testemunha das mudanças de nomes da própria rua onde está instalado. Primeiro era Rua da Praia, passando para Conde d’Eu e Lauro Müller. O mesmo ocorreu com o hotel, que iniciou com o nome de Hotel Brazil, depois Hotel Itajahy e Itajaí e, atualmente, responde pelo nome de Hotel Rota do Mar. Construído pelo casal Alexius Reiser e Elizabeth Mohr, passouo hotel figura entre os hotéis mais antigos de Santa Catarina com funcionamento ininterrupto.

(Tombo Estadual 2294/1998 e Municipal 7926/2006) Construída ainda no século XIX (1824), compõe a paisagem da cidade há quase dois séculos, fazendo parte do cotidiano e do imaginário da população, formando belo conjunto com a praça. Tipicamente eclética, a igreja apresenta características góticas e neoclássicaconserva suas paredes construídas parte em alvenaria de pedra e parte em alvenaria de tijolos, além de sua bela fundação em pedra. Sua feição atual conserva os elementos da sua última grande reforma, concluída em meados do século XX. Na verdade, ela é um conjunto de várias fases.

(Tombo Estadual 3459/2001) O plano de uma nova Igreja Matriz para a paróquia vem de 1905. Seria a obra que estaria no coração dos itajaienses por meio século, pois a Matriz somente seria inaugurada em 15 de novembro de 1955. As características são elementos ecléticos de um conjunto harmonioso com dimensões estruturais superlativas. Traz obras de seis artistas, três alemães e três italianos. Simão Gramlich – arquiteto, Martin Obermeyer – vitralista, Erwin Teichmann – escultor. Os iconógrafos da arte pictórica: Emílio Sessa, Aldo Locatelli, e Attílio Pisoni.

(Tombo Estadual 3460/2001 e Municipal 5755/2001) Em 1871, a necessidade de um mercado público era latente, mas não chega a se materializar. Vinte anos após, os Conselheiros debruçavam-se sobre um projeto em terreno de marinha denominado “praia do rio”. Mas somente em 1916 é que foi se delineando a elegante arquitetura do mercado em composição eclética: os imponentes frontões nas quatro faces do edifício, altos portões de ferro, uma variedade de ornamentos externos e, no seu interior, com sua fonte central, uma certa influência andaluza. Foi inaugurado em 1 de janeiro de 1917.

(Tombo Estadual 3460/2001 e Municipal 5758/1998) O Palácio Marcos Konder, cuja inauguração se deu a 22 de outubro de 1925, é um dos mais importantes edifícios da arquitetura oficial de Santa Catarina. Exemplar tipicamente eclético, apresenta ornamentos clássicos nas pilastras e cimalhas que o compartimentam e nas aberturas em arco pleno. O janelão sobre o hall possui características Art-Noveau. Sua situação urbana é inovadora, fato que representou importante indução à transformação desta via em rua principal da cidade.

(Tombo Estadual 3459/2001 e Municipal 5992/1999) Antigo prédio da Fiscalização dos Portos de Itajaí, foi construído na década de 1930 para ali se instalar o escritório e o depósito de materiais necessários às obras projetadas para o porto de Itajaí. O antigo prédio sofreu reparos em fins de 1943 e, em 1962, já se encontrava em mau estado de conservação. Na década de 1970, uma Comissão de Cultura almejava tornar o prédio num Museu do Porto (com projeto de restauro), mas nada se concretizou. Em 2015, o imóvel é entregue à comunidade restaurado.

(Tombo Municipal 5006/93). As terras em que se encontram as palmeiras reais pertenceram, inicialmente, a José Pereira Liberato e constituíam aí uma fazenda de engenho. No começo do Século XX, o imigrante José Gall adquiriu as terras e fez construir, em estilo germânico, sua morada. Para dar à entrada de sua propriedade um aspecto mais aprazível e monumental, mandou vir do Jardim Botânico (Rio de Janeiro) mudas de palmeiras reais que plantou em duas alas nas margens do caminho da então residência. A propriedade fora vendida na década de 1970, preservando-se o belo renque de palmeiras reais.

(Tombo Municipal 8252/07). Fundada a 22 de maio de 1952, é herdeira do Humaitá Futebol Clube e do Clube de Regadas Cruz e Sousa (ambos de 1920). Inicialmente, localizava-se na rua Laguna, sendo que, desde 1957 mantem sua sede na Vila Operária. Sempre perseverou como um território de convivência social da comunidade negra, inclusive, com a realização de festas e leilões, além de dois importantes bailes: o Baile das Debutantes e o Baile da Rainha da Primavera.