Como é feita a higienização das obras no Museu Histórico de Itajaí

Quem visita um museu, se admira com a história, a materialidade e o cuidado com os objetos expostos, mas não imagina como é feita essa preservação e os cuidados que se devem ter com as obras. No Museu Histórico de Itajaí, localizado no Palácio Marcos Konder no centro da cidade, Marco Antônio Figueiredo Junior é responsável por esse processo, que demanda muita atenção por conta das condições climáticas que necessitam de um monitoramento constante.

Para Marco, o processo de higienização é de grande importância para os Museus, justamente porque ele atrasa o processo natural de desgaste do objeto e garante a longevidade da obra para uma eventual restauração, que financeiramente é muito caro.

No Museu de Itajaí são realizados dois processos, o da Conservação Curativa, que é quando se atua diretamente sobre o objeto, interrompendo ou atrasando a sua degradação e o da Conservação Preventiva, que são os cuidados diários com as obras, tirar o pó, olhar o estado da peça, para que se garanta a preservação básica.

Outro cuidado importante é em relação a saúde do indivíduo que trabalha com esses processos de higienização, o serviço exige algumas atenções, como o uso de toucas de proteção, camisas de manga comprida, luvas e máscaras. Em alguns casos, por não saber a procedência do objeto, ele pode conter fungos e bactérias prejudiciais ao ser humano, portanto esses cuidados são justamente para evitar o contato direto com a obra, além da cautela com os produtos utilizados na limpeza.

Marco lembra-se de casos em que funcionários que trabalhavam nessa função morreram ou ficaram incapacitados de trabalhar novamente por conta de não terem se protegido adequadamente. Por isso ele ressalta a importância desses cuidados, para que o acervo não vire uma ameaça ao cuidador.

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